Politica

A Nova Estratégia de São Paulo para Impulsionar o Turismo com a Expansão das Estâncias

São Paulo vive um momento decisivo no fortalecimento do turismo regional com a ampliação do número de estâncias turísticas. A iniciativa, baseada em estudos técnicos da Secretaria de Turismo e Viagens, aponta para uma estratégia estruturada de desenvolvimento que visa ampliar o potencial turístico de diversas regiões do estado. A atualização do ranqueamento, enviada como projeto de lei para votação, abre espaço para um modelo de distribuição mais equilibrada de investimento, permitindo que municípios emergentes recebam a atenção necessária para se consolidarem como destinos de destaque.

Com a inclusão de novos municípios, o estado reforça uma política pública que tem como base a descentralização do turismo. A ampliação não representa apenas a elevação da lista de estâncias, mas sim um movimento consistente para democratizar o acesso ao apoio financeiro destinado às obras de infraestrutura, sinalização turística e programas de qualificação. Essa distribuição contribui não só para melhorar a experiência do visitante, mas também para impulsionar a economia local de forma mais uniforme entre as regiões.

Outro ponto importante dessa política é o fortalecimento dos municípios de interesse turístico, cidades que cumpriram exigências legais e passaram para um novo patamar. A promoção desses municípios mostra que a expansão não é simbólica, mas criteriosa. Isso reforça a importância de uma gestão técnica do turismo, na qual cada cidade deve demonstrar seu potencial e compromisso para receber investimentos. Dessa forma, a política estimula a melhoria contínua da oferta turística em todo o estado.

A legislação que dá base a essa classificação, vigente desde 2015, estabelece critérios claros para diferenciar estâncias de municípios de interesse turístico, garantindo que as escolhas sejam feitas com responsabilidade. A atualização constante da lista funciona como incentivo para que novas cidades busquem melhorias estruturais, qualificação profissional e valorização de seus atrativos naturais, culturais e históricos. Essa dinâmica cria um ciclo virtuoso no qual o turismo passa a ser visto como um instrumento estratégico de desenvolvimento.

O impacto esperado da política é significativo para a economia regional. Ao ampliar o número de destinos oficialmente reconhecidos, São Paulo cria novas oportunidades para empreendedores, amplia vagas no setor de serviços, movimenta a rede hoteleira e incentiva investimentos em gastronomia e entretenimento. A descentralização evita a concentração de recursos em poucas cidades e estimula o crescimento de regiões que antes tinham menor visibilidade no cenário turístico.

Além do viés econômico, a expansão das estâncias favorece também a sustentabilidade do turismo. Ao equilibrar o fluxo de visitantes entre diferentes municípios, o estado reduz a pressão sobre os destinos mais populares e oferece alternativas igualmente atrativas para quem deseja conhecer lugares menos óbvios. Essa distribuição contribui para a preservação ambiental, evita a saturação de estruturas urbanas e promove uma experiência mais responsável e equilibrada para o turista.

Outro benefício claro dessa política é o fortalecimento das identidades locais. Cada município elevado a estância turística ganha novas oportunidades de divulgar sua cultura, tradições, festivais e patrimônios históricos. A regionalização cria também a possibilidade de parcerias entre cidades vizinhas, permitindo a criação de roteiros integrados que valorizam características em comum e aumentam o potencial de atração coletiva. Isso torna o turismo mais transparente, cooperativo e sustentável.

No fim, a ampliação do número de estâncias representa mais do que um avanço estatístico: trata-se de uma política pública estruturada para transformar o turismo em um motor de desenvolvimento regional sólido e duradouro. Ao fortalecer municípios de diferentes portes, São Paulo se posiciona como referência nacional em gestão turística, demonstrando que planejamento técnico, incentivo governamental e valorização das identidades locais são essenciais para sustentar um crescimento inteligente e abrangente do setor.

Autor: Yan Chay