A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo 2025 foi marcada por um tema inédito e de grande relevância: o envelhecimento da população LGBTQIA+. Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista no domingo, dia 22 de junho, para participar da 29ª edição do evento, que teve como foco o combate ao etarismo e a valorização das memórias e trajetórias da comunidade LGBTQIA+ idosa. A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo abordou, pela primeira vez, a questão do envelhecimento como pauta central, destacando a urgência de políticas públicas que reconheçam a diversidade etária dentro da sigla.
O tema da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo impulsionou discursos e apresentações artísticas voltadas à memória, resistência e ao futuro de uma população frequentemente invisibilizada. Trios elétricos protagonizados por idosos LGBTQIA+ ganharam destaque, emocionando o público e gerando grande repercussão nas redes sociais. Além disso, famílias com crianças e adolescentes trans, artistas, militantes e apoiadores engrossaram o ato, criando uma atmosfera de inclusão intergeracional.
A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo contou com forte esquema de segurança e logística. Foram mobilizados cerca de 1.500 agentes públicos, incluindo policiais, guardas civis e socorristas. O evento teve ainda apoio da saúde municipal, com unidades móveis e distribuição de preservativos e materiais informativos. A organização também orientou o público quanto ao uso de aplicativos para bloqueio de celulares em caso de furtos, reforçando medidas de segurança pessoal.
Um ponto polêmico durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo foi a divergência nos números de participantes. Enquanto os organizadores estimaram até 4 milhões de pessoas ao longo do trajeto, um estudo do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, utilizando imagens aéreas e inteligência artificial, apontou cerca de 48,7 mil pessoas no pico da concentração. A diferença gerou debates sobre critérios de medição, mas não ofuscou o simbolismo e a importância do evento.
A edição deste ano da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo também foi marcada por manifestações políticas em defesa da democracia e dos direitos humanos. Grupos latino-americanos, como argentinos e uruguaios, participaram do evento, reforçando a ideia de uma luta regional unificada contra retrocessos e pela ampliação dos direitos civis. A bandeira da integração entre os países da América Latina esteve presente em muitos discursos e faixas.
A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é considerada uma das maiores do mundo e movimenta a economia da capital paulista. Segundo estimativas da Associação Comercial de São Paulo, o evento, junto com a Marcha para Jesus, deverá injetar mais de 590 milhões de reais na economia local. Hotéis, bares, restaurantes, transporte por aplicativo e o comércio em geral lucram com o aumento do fluxo turístico na cidade durante o fim de semana do evento.
O foco na população idosa LGBTQIA+ na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo representa um avanço importante para a inclusão de pautas que historicamente foram deixadas de lado no ativismo. Muitos idosos LGBTQIA+ enfrentam o abandono, o preconceito familiar e institucional, e a falta de acesso a serviços de saúde especializados. Ao levantar essa bandeira, a parada amplia seu impacto político e social, resgatando histórias e visibilizando uma parcela fundamental da comunidade.
Encerrando com atos culturais e mensagens de esperança, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reforçou seu papel como espaço de celebração, resistência e reivindicação. A abordagem do envelhecimento e do etarismo provocou reflexões importantes e abriu caminhos para que novas políticas públicas sejam pensadas. A expectativa é de que a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo continue crescendo e aprofundando debates que fortaleçam os direitos e a dignidade de todas as gerações LGBTQIA+.
Autor: Yan Chay
Adicionar Comentario