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Conheça os principais aspectos da tributação sobre instrumentos financeiros e maximize seus lucros  

Leonardo Manzan te guia na tributação de instrumentos financeiros.
Leonardo Manzan te guia na tributação de instrumentos financeiros.

A tributação de instrumentos financeiros e do mercado de capitais é um tema de grande importância para investidores, empresas e autoridades fiscais. Leonardo Manzan, advogado tributário, destaca que entender como o sistema tributário incide sobre aplicações financeiras e operações em bolsa é essencial para garantir a conformidade fiscal e otimizar os resultados financeiros. O Brasil possui uma estrutura complexa de tributação sobre esses ativos, o que demanda atenção e planejamento por parte dos contribuintes.

Por isso, exploramos os principais aspectos da tributação sobre instrumentos financeiros, com foco nas normas que impactam o mercado de capitais. Entenda mais sobre o assunto, a seguir!

Como funciona a tributação de ações e fundos de investimento?

A tributação de ações segue regras específicas quanto à alíquota e forma de apuração. Para operações comuns realizadas no mercado à vista, a alíquota do Imposto de Renda é de 15% sobre o ganho de capital. Já nas operações de day trade, a alíquota sobe para 20%. O investidor deve calcular o imposto mensalmente, recolher via DARF até o último dia útil do mês seguinte e considerar isenções aplicáveis, como as vendas mensais inferiores a R$20 mil.

Em relação aos fundos de investimento, a tributação varia conforme o tipo de fundo. Fundos de ações seguem a mesma alíquota de 15%, enquanto os fundos de renda fixa e multimercados possuem um sistema de alíquotas regressivas, que variam de 22,5% a 15% conforme o prazo da aplicação. Conforme Leonardo Manzan, a regra do “come-cotas” antecipa parte do imposto nos meses de maio e novembro, afetando diretamente o rendimento líquido das aplicações.

Quais tributos incidem sobre derivativos e outros instrumentos estruturados?

Os derivativos, como contratos futuros, opções e swaps, também estão sujeitos à tributação sobre ganhos líquidos. A alíquota, em regra, é de 15% para operações comuns e 20% para operações de day trade. A apuração é mensal e o imposto deve ser recolhido pelo próprio investidor. É importante considerar os custos operacionais, como corretagem e taxas, no cálculo do ganho líquido. Segundo Leonardo Manzan, o correto preenchimento da declaração do IR é essencial para evitar inconsistências com os dados da B3.

Maximize seus lucros entendendo a tributação com Leonardo Manzan.
Maximize seus lucros entendendo a tributação com Leonardo Manzan.

No caso de instrumentos estruturados, como os Certificados de Operações Estruturadas (COE), a tributação ocorre na liquidação da operação, com aplicação de alíquotas regressivas conforme o prazo. O IR é retido na fonte, o que simplifica o cumprimento da obrigação fiscal para o investidor. No entanto, a complexidade dos produtos exige atenção redobrada às cláusulas contratuais e riscos envolvidos, para garantir que a tributação esteja de acordo com a natureza da operação.

Quais cuidados são necessários na declaração de investimentos no Imposto de Renda?

A declaração correta de instrumentos financeiros no Imposto de Renda exige organização e atenção aos detalhes. O contribuinte deve informar o saldo de cada ativo na ficha de bens e direitos, além dos rendimentos auferidos ao longo do ano. A Receita Federal cruza essas informações com os dados fornecidos pelas corretoras e pela B3, sendo comum o envio de notificações em caso de divergência. Manter os informes de rendimento atualizados e guardar os comprovantes das operações é fundamental para a comprovação futura.

Além disso, os prejuízos acumulados em operações de renda variável podem ser utilizados para compensar lucros futuros, desde que devidamente apurados e informados. Esse mecanismo permite reduzir a carga tributária efetiva, sendo uma ferramenta importante de planejamento fiscal. De acordo com Leonardo Manzan, muitos investidores deixam de aproveitar esse benefício por falta de conhecimento ou controle das operações, o que pode gerar pagamento indevido de tributos.

A tributação de instrumentos financeiros e do mercado de capitais envolve uma série de regras que variam conforme o tipo de ativo, o prazo da aplicação e o perfil da operação. O conhecimento das normas fiscais aplicáveis é essencial para evitar erros, reduzir riscos e aproveitar os benefícios legais oferecidos pela legislação brasileira. Um planejamento tributário bem estruturado contribui diretamente para a eficiência das aplicações e o cumprimento das obrigações fiscais.

Como ressaltado por Leonardo Manzan, o acompanhamento constante da evolução normativa e jurisprudencial é indispensável, especialmente diante das mudanças promovidas pela Receita Federal e pelas decisões dos tribunais. Tanto investidores individuais quanto instituições financeiras devem adotar boas práticas de compliance tributário e contar com orientação especializada para garantir segurança nas operações realizadas no mercado de capitais.

Autor: Yan Chay