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Vizinhos do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de SP, querem que prefeitura cobre de passageiros taxa contra poluição sonora e ruído aeronáutico

A associação Amigos Novo Mundo Associados (ANMA) apresentou uma proposta à Prefeitura de São Paulo para a criação de uma taxa de fiscalização de poluição sonora e ruído aeronáutico do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul.

A ANMA é formada por moradores que vivem em um raio de 4 km do local.

De acordo com o presidente da associação, Guilherme Canton, cada passageiro que embarcar em alguma aeronave que sair ou pousar de Congonhas deverá pagar uma taxa de R$ 30.

O recolhimento seria feito pela concessionária responsável pelo aeroporto.

A ANMA pretende criar, com o valor arrecado, um fundo para reduzir o impacto o ambiental e social que a presença do aeroporto provoca na região de Moema e outros bairros próximos.

“A ideia é usar o valor para propor uma medição mais eficiente dos ruídos com empresas especializadas e mais eficientes a fim de verificar se os decibéis estão dentro das normas estabelecidas. Além disso, podemos também debater mudanças de rotas de aviões que passam perto de hospitais em São Paulo, por exemplo”, explica Canton.

O parecer da Prefeitura de São Paulo seria dado em até 10 dias, afirma Canton.

O fundo também poderia ser aplicado na instalação de janelas antirruído “imóveis públicos, como escolas e hospitais”, diz o documento do projeto de lei enviado à TV Globo.

Além de propor “melhorias do trânsito local e transporte coletivo das regiões afetadas pela atividade aeroportuária”.

Segundo Canton, outro objetivo do grupo é também cobrar os órgãos públicos sobre a licença ambiental que o Aeroporto de Congonhas não teria atualizada. Com isso, a medição de ruídos e da emissão de poluentes da aeronave na região “não estaria de acordo com que é permitido”, diz o presidente da associação de moradores.

Privatização de Congonhas
Na semana passada, A Agência Nacional de Aviação (Anac) assinou o contrato de concessão de 11 aeroportos para a iniciativa privada, incluindo Congonhas. O grupo espanhol Aena, empresa espanhola, venceu o leilão.

“Não somos contra a privatização de Congonhas, apenas não concordamos como está sendo feito. Nada impede que ocorra um aumento da quantidade de voos ou que a concessionária aumente o horário de funcionamento do aeroporto, se entender que vai gerar lucro”, completa Guilherme.