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Como o compliance regulatório influencia o desempenho dos fundos, Por Rodrigo Balassiano

Rodrigo Balassiano explica que o compliance regulatório reduz riscos operacionais e fortalece a confiança dos investidores, impactando positivamente o desempenho dos fundos.
Rodrigo Balassiano explica que o compliance regulatório reduz riscos operacionais e fortalece a confiança dos investidores, impactando positivamente o desempenho dos fundos.

Em um mercado financeiro cada vez mais atento à transparência, à governança e à responsabilidade, entender como o compliance regulatório influencia o desempenho dos fundos é essencial para gestores, investidores e demais participantes. O cumprimento rigoroso das normas não é apenas uma obrigação legal — trata-se de um fator estratégico, capaz de preservar valor, reduzir riscos e ampliar a confiança dos cotistas. Para o especialista Rodrigo Balassiano, a performance de um fundo está diretamente ligada à sua capacidade de operar com disciplina e integridade.

A crescente sofisticação dos produtos financeiros exige que todos os processos estejam em conformidade com os padrões definidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e demais órgãos reguladores. Nesse contexto, o compliance atua como guardião da regularidade, protegendo o fundo de penalidades e reforçando sua reputação no mercado.

Como o compliance regulatório influencia o desempenho dos fundos de forma prática

O impacto do compliance começa na estruturação do fundo. A definição de políticas internas, a formalização dos procedimentos e a escolha dos parceiros operacionais devem respeitar normas específicas, como a ICVM 555 ou a ICVM 175. O não cumprimento dessas regras pode levar à suspensão de atividades, multas e até à liquidação forçada do fundo.

Segundo Rodrigo Balassiano, a atuação da área de compliance é fundamental para garantir que as decisões de investimento respeitem os limites legais e o regulamento do fundo. Isso inclui verificar concentração de ativos, limites de exposição, elegibilidade de contrapartes e prazos de liquidação. Quando o fundo opera dentro das normas, reduz-se o risco de intervenções externas que poderiam afetar sua rentabilidade ou continuidade.

Além disso, o compliance contribui para a padronização e melhoria dos processos operacionais, o que traz eficiência à gestão e permite maior controle sobre os riscos financeiros e reputacionais.

Benefícios estratégicos do compliance na performance do fundo

Um dos principais benefícios do compliance regulatório é a previsibilidade. Fundos que seguem rotinas bem estabelecidas, com controles claros e monitoramento constante, tendem a apresentar menos desvios e maior estabilidade em seus resultados. Essa previsibilidade é valorizada por investidores, especialmente os institucionais, que buscam segurança e consistência.

Rodrigo Balassiano afirma que fundos com forte cultura de compliance tendem a apresentar maior estabilidade e atratividade no longo prazo.
Rodrigo Balassiano afirma que fundos com forte cultura de compliance tendem a apresentar maior estabilidade e atratividade no longo prazo.

De acordo com Rodrigo Balassiano, o compliance também reforça a governança. Ao estabelecer mecanismos de supervisão, segregação de funções e canais de denúncia, a estrutura do fundo torna-se mais resistente a fraudes, desvios éticos e decisões precipitadas. Isso preserva o patrimônio dos cotistas e evita perdas difíceis de recuperar.

Outro ponto relevante é a valorização da reputação. Em um mercado competitivo, fundos que se destacam pelo rigor regulatório ganham visibilidade e atraem investidores mais qualificados. A imagem de solidez pode ser, inclusive, um diferencial decisivo na captação de novos recursos.

Desafios e responsabilidades da estrutura de compliance

Apesar dos benefícios, manter uma área de compliance eficiente exige investimento, capacitação técnica e autonomia institucional. Os profissionais responsáveis devem ter acesso aos dados operacionais, liberdade para reportar desvios e suporte da alta gestão para implementar mudanças quando necessário.

Rodrigo Balassiano ressalta que o compliance não pode ser tratado como uma função isolada ou meramente burocrática. Ele deve estar integrado à cultura da organização, com participação ativa na definição de estratégias, revisão de políticas e treinamento das equipes.

Em fundos mais complexos, como os estruturados ou os com múltiplas classes de cotas, o papel do compliance torna-se ainda mais estratégico, dada a variedade de riscos e a multiplicidade de obrigações regulatórias.

Conclusão: conformidade como diferencial de desempenho

Entender como o compliance regulatório influencia o desempenho dos fundos é reconhecer que conformidade e performance caminham juntas. Mais do que evitar penalidades, o compliance cria um ambiente de segurança, previsibilidade e profissionalismo que favorece a gestão eficiente dos recursos.

A visão de Rodrigo Balassiano reforça que fundos bem-sucedidos não dependem apenas de boas decisões de investimento, mas também da solidez dos seus controles internos. Em um setor onde a confiança é fundamental, a conformidade regulatória é um dos pilares mais importantes para resultados sustentáveis.

Autor: Yan Chay