Início » Cultivo de arroz em áreas alagadas: confira estratégias que podem mitigar os danos ambientais, com Agenor Vicente Pelissa
Noticias

Cultivo de arroz em áreas alagadas: confira estratégias que podem mitigar os danos ambientais, com Agenor Vicente Pelissa

Agenor Vicente Pelissa
Agenor Vicente Pelissa

O cultivo de arroz em áreas alagadas é uma prática milenar que alimenta bilhões de pessoas no mundo. No entanto, conforme frisa o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, essa atividade enfrenta desafios que impactam tanto a produtividade quanto o meio ambiente. Dessa maneira, controlar pragas sem prejudicar o ecossistema e preservar os recursos hídricos são questões centrais para agricultores e ambientalistas. 

Tendo isso em vista, a seguir, vamos explorar como esses desafios moldam a produção de arroz em áreas alagadas e como podem ser enfrentados de forma sustentável.

Os principais desafios ambientais no cultivo de arroz em áreas alagadas

Segundo o agricultor Agenor Vicente Pelissa, o cultivo de arroz em áreas alagadas exige uma grande quantidade de água, o que pode pressionar os recursos hídricos locais. Assim sendo, a irrigação prolongada e a necessidade de manter o solo inundado geram preocupações sobre a disponibilidade de água para outras atividades, como consumo humano e irrigação de outras culturas. Aliás, o acúmulo de matéria orgânica submersa pode levar à liberação de gases de efeito estufa, como metano, que contribuem para as mudanças climáticas.

Outro desafio ambiental preocupante é a degradação da qualidade da água. Pois, fertilizantes e pesticidas utilizados no cultivo podem escorrer para os cursos d’água, causando poluição e afetando a vida aquática. Isso exige práticas agrícolas mais cuidadosas, como o uso racional de insumos químicos e a implementação de barreiras naturais para filtrar o escoamento, garantindo um equilíbrio entre a produção e a conservação ambiental.

Como lidar com o controle de pragas sem afetar o ecossistema?

O controle de pragas em áreas alagadas é um dos grandes desafios para os produtores de arroz. O ambiente úmido favorece a proliferação de insetos e fungos, que podem causar sérios danos às plantações. Desse modo, o uso intensivo de pesticidas, embora eficaz, pode prejudicar organismos aquáticos e afetar a biodiversidade local. Assim, a adoção de práticas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) se torna determinante para minimizar os impactos ambientais, como destaca o produtor rural Agenor Vicente Pelissa.

O MIP combina diferentes métodos, como o uso de inimigos naturais das pragas, rotação de culturas e variedades de arroz resistentes a doenças. Esses métodos não apenas reduzem a necessidade de produtos químicos, mas também preservam a saúde do solo e dos ecossistemas aquáticos. Portanto, essa abordagem equilibrada é uma solução viável para manter a produtividade e proteger o meio ambiente.

A preservação dos recursos hídricos durante o cultivo

Práticas como o manejo eficiente da irrigação, por exemplo, podem reduzir o consumo de água sem comprometer o desenvolvimento das plantas. Técnicas como o sistema de irrigação intermitente, que alterna períodos de alagamento e drenagem, ajudam a economizar água e a reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Outra estratégia importante, de acordo com Agenor Vicente Pelissa, é a conservação das matas ciliares e zonas úmidas próximas às plantações. Já que essas áreas funcionam como filtros naturais, evitando que fertilizantes e pesticidas cheguem aos corpos d’água. Além disso, elas protegem a biodiversidade e garantem a qualidade da água disponível.

A sustentabilidade como o caminho para o futuro do arroz

Em suma, o cultivo de arroz em áreas alagadas é uma atividade vital, mas cheia de desafios ambientais e produtivos. Para mitigar seu impacto ambiental é necessária a adoção de práticas sustentáveis que proporcionem o equilíbrio entre a produção de alimentos com a preservação do meio ambiente, garantindo a viabilidade desse cultivo para o futuro.